O AXN White arranca com mais uma grande estreia no primeiro trimestre de 2021. “O Último Magnata”, série sobre o vulto do cinema Monroe Stahr, uma das personagens fictícias no arsenal do prolífico escritor norte-americano F. Scott Fitzgerald. Esta história sobre o glamour de Hollywood estreia dia 3 de março, às 21h25, emitindo todas as quartas-feiras.
Em março, o AXN White apresenta ao público uma nova série que em tudo se coaduna com o período atual da temporada de prémios de Hollywood, com os Óscares à porta no mês de abril. Esta é uma obra sobre o fascinante e implacável mundo do espetáculo e os inúmeros segredos de bastidores, escândalos, traições e paixões que marcam uma indústria no seu auge – em toda a sua grandiosidade e contradição.
O LEGADO LITERÁRIO DE FRANCIS SCOTT KEY FITZGERALD
“O Último Magnata” baseia-se no livro inacabado de um dos maiores marcos da Literatura do Século XX – F. Scott Fitzgerald. Fitzgerald é conhecido pelos seus grandes romances, que retratam os Estados Unidos da América nos anos 1920 e 1930. Este é um período de elevada transformação, charme, exuberância, escalada social, tumulto, esperança e desilusão.
Entre as obras mais conhecidas de F. Scott Fitzgerald encontramos “Belos e Malditos” (1922) ou “O Grande Gatsby” (1925), romances com inúmeras variedades tonais e capazes de apresentar o Sonho Americano e o seu progresso societário como uma face de duas moedas. O autor ficou conhecido por romantizar um período no tempo, em particular os “Loucos Anos 20”, com um cunho muito pessoal – munido de uma beleza trágica, à medida que uma sociedade é contemplada com fascínio e examinada de forma audaz, vendo os seus pecados hedonistas expostos.
A nova série do AXN White, “O Último Magnata”, baseia-se naquele que foi o último romance escrito por F.Scott Fitzgerald. Em 1937, o escritor mudou-se para Hollywood e por lá viveu, de forma mais ou menos constante, até à sua morte precoce em 1940, vitíma de um ataque cardíaco. Foi um ano antes de morrer que começou a escrever o livro “The Love of the Last Tycoon”, o qual ficou por terminar. Não obstante, é hoje visto como um dos melhores, senão o melhor retrato na ficção literária sobre o Sistema de Estúdios de Cinema de Hollywood no seu auge.
Apesar de incompleto, este belo livro viu-se adaptado ao cinema em 1976, protagonizado pelos grandes nomes Robert de Niro, Robert Mitchum e Jack Nicholson. Várias décadas depois surge a ambiciosa adaptação televisiva que chega agora ao AXN White.
A EQUIPA DE SONHO DA SÉRIE “O ÚLTIMO MAGNATA”
A mini-série “The Last Tycon”, em português “O Último Magnata”, propôs-se a adaptar ao pequeno ecrã esta obra complexa, e fê-lo com bastante sucesso. Este conteúdo televisivo nomeado a três Emmys e amplamente elogiado pelo seu retrato rigososo da época dos anos 1930, que viram os Estados Unidos presos entre dois mundos – o da Grande Depressão e ascensão do Nazismo mas também o do escapismo de uma Hollywood cada vez mais refinada – pautou-se ainda pelo seu grande elenco à frente e atrás das câmaras.
Este novo olhar perspicaz e atual face à Hollywood desta época foi pintado por Billy Ray – criador, produtor, argumentista em todos os nove capítulos e ocasional realizador – respeitado criador e mestre da adaptação em Hollywood, responsável pela transposição do livro “Os Jogos da Fome” para o Cinema e nomeado ao Óscar e a muitos outros prémios pelo Argumento Adaptado de “Capitão Phillips”.
A encabeçar o elenco temos Matt Bomer, célebre ator que participou em inúmeros projetos conhecidos do grande público como “Magic Mike”, “Chuck”, “American Horror Story”, “The Sinner”, e muitos outros. Bomer dá vida ao personagem fictício Monroe Stahr, um ficcionado primeiro grande filho pródigo do Sistema de Estúdios dos anos 1930. A narrativa acompanha a evolução de Stahr à medida que observamos a evolução das dinâmicas de poder entre este e o seu mentor e então Chefe do Estúdio – Pat Brady. É a partir desta relação atribulada que Monroe Stahr vai emergir como o primeiro grande magnata do Cinema.
Ao lado de Bomer surgem vários outros intérpretes marcantes, por exemplo: Kelsey Grammer (“Frasier”) como Pat Brady, Lilly Collins (“Mank”) como Celia Brady ou Rosemarie DeWitt (“O Casamento de Rachel”) como Rose Brady, e muitos mais.
O PROCESSO DE ADAPTAÇÃO DO LIVRO AO PEQUENO ECRÃ
Cada adaptação de uma obra literária a outro formato é única, e o processo de criação deste “O Último Magnata” que agora chega ao AXN White contou com as suas próprias especificidades. Esta foi a primeira adaptação da obra ao meio audiovisual desde o filme dos anos 70, e por isso o peso da responsabilidade era ainda maior.
Uma vez mais, a personagem central bebeu inspiração da mesma pessoa histórica que tinha já inspirado o romance, a imensa figura da indústria Irving Thalberg – figura incontornável do Estúdio MGM que produziu cerca de 90 filmes antes de morrer aos 37 anos, vítima de uma saúde que sempre o fragilizou. O seu parceiro e mentor, Louis B. Mayer, inspira a criação de Pat Brady. Nos anos 30 a Metro-Goldwyn-Mayer (MGM) era tudo no panorama cinematográfico, o Estúdio entre os Estúdios, o topo do jogo. A única “casa” do Cinema que manteve a produtividade ao mais alto nível e a todo o vapor durante a devastadora Grande Depressão.
A HISTÓRIA COM UM PAPEL PREPONDERANTE
De acordo com o criador da série, Billy Ray, “O Último Magnata” procurou equilibrar ficção e homenagem histórica de forma consciente e articulada. Numa entrevista à publicação norte-americana “Slash Film”, revelou que a revisão do material histórico desempenhou um papel importante. Scott Berg, premiado escritor de biografias, que escreveu sobre Goldwyn e Lindbergh, as figuras reais que inspiraram livro e série, acompanhou todo o processo do argumento da série. Os produtores desta nova interpretação da história recordam como as suas longas reuniões resultaram na descoberta de pequenas históricas desconhecidas, pormenores ricos, que viriam a incorporar na sua produção. Através deste processo a famosa “Velha Hollywood” pode ser interpretada com novas lentes.
Os produtores Billy Ray e Christopher Keyser decidiram que esta nova adaptação seria capaz de mostrar a beleza deste mundo, tal como Fitzgerald tinha testemunhado, as intrigas dos bastidores, mas também uma comparação com o presente do sistema de estúdios – deixando pequenos paralelismos e dicas sugestivas acerca dos poderes que, ainda hoje, são capazes de influenciar o que pode ou não ser produzido na ficção televisiva ou cinematográfica. Daí surge um retrato complexo de uma indústria que ainda hoje não deixa de fascinar.
“O Último Magnata” chega a 3 de março, às 21h25, ao AXN White. Esta série ilustra, de forma astuta, o que foi e o que é o mundo dos estúdios de cinema. A visão genial de F. Scott Fitzgerald apresenta-se de forma contemporânea e está pronta a ser descoberta!