No segundo mês de 2022, o AXN White sugere quatro títulos românticos para acabar bem o fim-de-semana. Todos os domingos, pelas 21h25, será introduzida uma longa-metragem com importância para este género. Aqui fica uma apresentação do contexto de cada obra.
6 DE FEVEREIRO – ORGULHO E PRECONCEITO ÀS 21H25 (2005)
“É uma verdade universalmente reconhecida que um homem rico e solteiro precisa de uma esposa.”
É esta a frase inaugural do romance “Orgulho e Preconceito”, escrito por Jane Austen em 1813. Austen foi uma das primeiras mulheres a conseguir ser auto-suficiente através da sua escrita, um feito notável para o século XIX e para o seu próprio estatuto de filha de uma Aristocrata e de um membro do Clero (não dados ao celibato mediante o Protestantismo).
Os romances de Jane Austen continuam a ser adaptados ao cinema e à televisão, uma e outra vez, mas esta versão de 2005, pináculo da carreira do realizador Joe Wright, protagonizada por Keira Knightley como a heroína literária Lizzie Bennet, continua a ser a mais popular entre todas as obras adaptadas da escritora inglesa.
Sim, é verdade que a crítica da estrutura social do Feudalismo é um dos elementos que orienta a escrita de Jane, mas os romances que atravessam classes foram capazes de levar a imortalização da sua palavra mais longe. Lizzie Bennet e Sr. Darcy, orgulhosos e contraditórios, repletos de paixão ardente, são os seus heróis românticos mais conhecidos, o par vitoriano mais notável da literatura e que aqui é interpretado na perfeição neste filme visualmente deslumbrante e que conta com caras conhecidas do cinema, antes destas chegarem ao estrelado, como Carey Mulligan ou Rosamund Pike como irmãs Bennet.
13 DE FEVEREIRO – ENCONTRO EM MANHATTAN ÀS 21H25 (2002)
A herança da comédia romântica passa por ter certos títulos que são conhecidos do grande público e que, recebendo mais ou menos reconhecimento crítico, se tornam referências para os fãs do género. “Encontro em Manhattan”, com Jennifer Lopez e Ralph Fiennes, é um destes filmes, apresentando a cantora e atriz como uma jovem mãe solteira que cresceu nos subúrbios de Nova Iorque e trabalha num hotel luxuoso no centro da cidade.
Uma troca de identidade acidental leva a que Marisa seja confundida, por um belo cliente, por uma mulher de alta classe. Entre os dois surge um belo romance que, tal como nas histórias de Austen que acabámos de referir, vai além da estrutura de classes que, mais subtil, se mantém através dos séculos.
Jennifer Lopez tem particular orgulho de ter integrado o elenco deste filme como protagonista, pois uma empregada de limpeza latina não costuma ter o papel central, costuma antes estar no fundo da ação e, por isso, Marisa é para Lopez uma inspiração para jovens latinas sonhadoras.
20 DE FEVEREIRO – A CASA DA LAGOA ÀS 21H25 (2006)
Se “Encontro em Manhattan” é uma referência para o género da comédia romântica, “A Casa da Lagoa”, com Sandra Bullock e Keanu Reeves, é uma referência quando falamos de dramas românticos fantásticos.
Nesta história, Kate Forster (Bullock) é uma médica solitária que acaba de vender a sua casa à beira do lago. Inesperadamente, Kate começa a trocar cartas de amor com o novo proprietário, Alex (Reeves), um arquiteto frustrado. Um romance inesperado surge entre os dois, mas um mistério ameaça a sua potencial felicidade.
Esta é uma história romântica bastante conhecida, prezada pelos fãs ao longo dos anos, e que parte de uma premissa surpreendente e com alguma fantasia à mistura. É perfeito para românticos incuráveis.
27 DE FEVEREIRO – HITCH – A CURA PARA O HOMEM COMUM ÀS 21H25 (2005)
“Hitch” é uma popular comédia romântica que assinala um dos papéis mais notáveis de Will Smith. Aqui, dá vida a Alex “Hitch” Hitchens, o “Dr. do Engate”. Este especialista em encontros românticos, profissional “certificado” da área, um autêntico sucesso em Nova Iorque, consegue que qualquer homem tenha o encontro dos seus sonhos.
A sua vida vê-se dificultada quando Sara Melas (Eva Mendes) entra na sua vida e recusa-se a acreditar nas suas ditas capacidades. E o resto é história…
Esta comédia romântica ocupa um lugar no panteão do género, conseguindo provar que este tipo de filme consegue ser simultaneamente engraçado e munido de uma moral sem ser excessivamente moralista. Além disso, é capaz também de subverter algumas expectativas de género que aqui são recapituladas. “Hitch” utiliza o amor como uma qualidade de redenção e talvez por isso se tenha conseguido tornar tão popular.
Fecha, a 27 de fevereiro, pelas 21h25, o ciclo “O Amor Está no Ar” no AXN White.