E se no AX Movies o Dia da Liberdade se comemora com as melhores comédias, no AXN White o 25 de abril é antes tempo para uma maratona imperdível de musicais. Exploramos agora as origens destas obras musicais, para ver no Especial Dia da Liberdade, para ver a partir das 13h45!
Quase Famosos (2000)
Este especial começa com uma obra que não é propriamente musical, mas antes situada no universo da música, explorando a indústria a partir dos seus bastidores – colocando a sua lupa em cima dos músicos, da sua crew, dos seus representantes, das suas groupies, e daqueles que escrevem acerca do mundo da música.
Um dos filmes mais aclamados de Cameron Crowe (“Os Descendentes”) e que inclusive valeu a Kate Hudson uma nomeação ao Óscar, “Quase Famosos” é sem dúvida ficcional, mas não deixa de se afirmar como um retrato fidedigno de uma tournée musical nos anos 70.
A personagem central,William Miller, acompanha uma banda de rock’n’roll de sucesso em tour, apesar de ter apenas 15 anos, enquanto prepara um artigo para a Rolling Stone.
O filme baseia-se na experiência real do realizador, que foi, na juventude, de facto, um repórter da Rolling Stone e apesar do grupo musical apresentado no filme ser fictício, Crowe chegou a acompanhar, em tour, a banda The Allman Brothers Band. Além disso, teve um acidente com a banda The Who, num avião, quase fatal.
Quanto ao líder da banda fictícia Stillwater, baseia-se parcialmente em Glenn Frey dos Eagles. Quiçá daqui venha a autenticidade que se faz sentir em “Almost Famous”.Ao fim de contas, até a groupie Penny Lane era baseada numa pessoa real.
Ricki e os Flash (2015)
Meryl Streep é a diva inegável do cinema, quer esteja a protagonizar um drama ou uma comédia. Em filmes como “Mamma Mia!” ou “Into the Woods”, mostrou também ter verdadeiros dotes musicais.
“Ricki e os Flash” é outra narrativa improvável, mas bem-vinda, em que nos deparamos com uma Streep com particular queda para a música.
Num filme bastante distinto na carreira ilustre de Jonathan Demme, o realizador de “Silêncio dos Inocentes” e “Adaptação”, e com argumento de Diablo Cody (que escreveu também “Juno”), “Ricki and the Flash” prova que nunca é demasiado tarde para começar de novo.
Esta é a história de uma artista que desistiu de tudo, procurando a fama no mundo do rock’n’roll. Neste filme, regressa a casa para fazer as pazes com a família.
Sparkle (2012)
Co-protagonizado por Whitney Houston, e estreado no ano da sua morte, esta é a história de um grupo de três irmãs que se torna numa sensação musical nos anos 60 do século XX. Esta é também a história de uma família próxima que se começa a afastar com o peso da fama.
O filme foi inclusive produzido por Houston, e a obra viria a ver esta sua produtora executiva a morrer, de afogamento por overdose, aos 48 anos, durante o processo de pós-produção e antes da estreia desta obra.
Como produtora executiva, Whitney Houston adquiriu os direitos desta obra no ano de 2000. O seu plano original era ter a cantora Aaliyah no papel titular, mas a cantora morreu num desastre de aviação no verão de 2001.
Este filme trata-se de um remake da obra Sparkle (1976), a longa-metragem favorita de Whitney Houston.
Jersey Boys (2014)
Por fim, o Especial Dia da Liberdade, com uma maratona de filmes musicais, despede-se com a única narrativa musical realizada por Clint Eastwood, mais associado a tramas de cowboys e dramas introspectivos.
Todavia, a carreira de Clint Eastwood na realização tem vindo a incidir também sobre algumas narrativas históricas, e é precisamente isso que encontramos neste “Jersey Boys”.
O filme tem uma dinâmica muito particular, pois os atores cantaram ao vivo no set, o que é muito raro. Na maioria dos filmes musicais, os atores fazem lipsync, com a música gravada no estúdio.
Originalmente, “Jersey Boys” é uma peça da Broadway vencedora de Tonys. Em vez de utilizar atores de Hollywood, o ator utilizou os intérpretes que já tinham dado vida a estas personagens em palco.
Quanto à história, baseia-se no grupo musical real The Four Seasons.