Certas rubricas são fulcrais no AXN Movies e o Cinema à Portuguesa rapidamente se tornou uma delas.
Mais um mês, mais uma aposta no cinema português no último domingo do mês e pelas 21h10. Em novembro de 2023, e no dia 26 de novembro, tempo para ver “Alice”.
Qual é a história e equipa de Alice, a descobrir no AXN Movies?
Uma obra realizada por Marco Martins (“São Jorge”) e com Nuno Lopes e Beatriz Batarda, seus colaboradores frequentes nos papéis centrais, “Alice” é a história de um pai que diariamente sai de casa e recupera os seus passos, tentando reviver o dia em que a sua filha Alice desapareceu.
Conforme a sua obsessão vai crescendo, Mário (Nuno Lopes) coloca câmaras de vigilância na rua. Entre inúmeros rostos, procura uma pista nova. Perante a dor, Mário tornou-se uma pessoa diferente, mas essa fixação que alimenta é a única forma de manter a esperança viva.
O processo de produção e a receção desta obra, dentro e fora
“Alice” é um enorme sucesso, como filme de drama nacional que, uma vez lançado em 2005, fez um circuito de festival bastante invulgar para uma obra nacional.
Isto maioritariamente se estivermos a considerar o início do século XXI. Felizmente, desde então, inúmeros autores, de Leonor Teles a João Salaviza, passando por Miguel Gomes ou João Gonzalez, têm cada vez mais elevado o cinema nacional além-fronteiras.
Regressando a “Alice”, em Cannes, Marco Martins venceu o “Regards Jeune”, na Quinzena dos Realizadores, entre outras nomeações. Recordamos também que esta foi a sua primeira longa-metragem e, até hoje, uma das suas mais bem-sucedidas.
À projeção internacional também auxiliou o facto desta obra ser uma coprodução entre Portugal (Clap Filmes, RTP, Madragoa) e França (Gémini).
Este foi também o projeto que submetemos no ano seguinte à categoria de então Melhor Filme Estrangeiro nos Óscares. Todavia, ainda se encontra para vir o dia em que Portugal é incluído na listagem.
A inspiração para a longa-metragem
Embora não seja possível generalizar e tentar reduzir as influências da narrativa a apenas uma, esta obra, produzida por Paulo Branco e com aclamada banda sonora de Bernardo Sassetti, foi dedicada a Filomena Teixeira, a mãe do desaparecido Rui Pedro.